So what?!

Tirei o tempo numa nuvem feita de pensamento e confusão... Consegui a minha nuvem ainda que efémera, ainda que em sonho.
Hoje foi novamente dia de "red nails", numa altura em que consegui trazer a calmaria à minha vida. Mas sei que é aquela calmaria que antecipa a tempestade. E porque tenho tanta certeza? Porque não consigo fugir de mim. Por mais que tente. E tentei! Não consigo ser mais do que aquilo que sou... Não consigo ultrapassar-me e tornar-me melhor. Tentei. Tentei manter dentro de mim tudo aquilo que não quero que mais ninguém veja, tudo aquilo que disse não ser. Mas como encerrar-me entre as minhas paredes se os meus gritos me ensurdecem e precisam de ar? Como evitar tudo aquilo que sinto? Como pude deixar prender sabendo que sou incapaz de viver sem liberdade? Como pude ousar querer ser terra se não passo de ar?

Comentários

Secreta disse…
Cada um é como cada qual! E , devemos aceitar-nos como somos.
Beijito.
Nilson Barcelli disse…
Ficção ou realidade?
Mesmo sem o saber, nem do que falas em concreto, acho que quem está numa situação dessas pode mudar. A si próprio e às coisas.
Já leste o "Onde está o meu queijo"? É um livrinho pequenino que aconselho. O nome talvez não seja mesmo esse, mas é muito parecido.
Bom resto de semana.
Beijo.
nando disse…
Mas alguém consegue fugir do que é?... Tornar-se melhor?... Às vezes. Há vezes que nem isso se pode. O melhor é sempre relativo.
Porque fugir? Porque encerrar os gritos?... É o ar pior que a terra?...
:-)

"red nails" soa-me bem.
Anónimo disse…
Quero escrever o borrão vermelho de sangue
Clarice Lispector

Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com as gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
Que não me entendam
pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência
que sempre me povoou,
o grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
não dei.


Mas aqui vai o meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo
com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.


Quero escrever noções
sem o uso abusivo da palavra.
Só me resta ficar nua:



Beijinhos e bom fds
escarlate.due disse…
so what??
se queres mesmo ser terra terás de (a)terrar, mas porque não ser ar se é bom voar?!
Sophia disse…
Claro que sim!
:) Baci Secreta!

Nilson vou procurar esse livro! É mais realidade que ficção!
:) Baci

nando não adianta fugir, já percebei isso!
;) Baci

Grazie mar!
:) Baci

Exacto! Prefiro voar!
;) Baci escralate.due
Nilson Barcelli disse…
Procura que encontras.
Talvez até exista na net... à borla.
Beijo.
Nilson Barcelli disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Nilson Barcelli disse…
http://www.scribd.com/doc/222389/Quem-Mexeu-no-Meu-Queijo

Vai lá e printa (não dá para copiar...). São apenas 37 páginas.
O nome não foi o que tinha dito, mas "Quem mexeu no meu queijo?"

Enjoy...
Beijo.
Sophia disse…
Grazie!

;) Baci

Mensagens populares deste blogue

Chuva acabada de cair...

Diário do Egos - 1.ª série - N.º 1 - 4 de Fevereiro de 2010