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A mostrar mensagens de novembro, 2005

Oração

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abre essa porta que o coração teima em fechar deixa que o teu manto desça sobre mim ilumina o meu caminho nem que essa luz seja a da escuridão e o manto me venha a cegar abre a porta não me deixes ficar

Refúgio

Procurei o meu refúgio... encontrei-o a céu aberto... ousei fazer o meu porto de abrigo... o céu foi amigo... Não. Os amigos são o céu. Sempre que é preciso o céu está lá para ouvir as nossas preces. E numa noite de dsassossego, eles chegam de mansinho e levam-te devagarinho. Retomam-se hábitos de antigamente. Fala-se até perder a hora. E de madrugada ouves música bem alto enquanto se joga ténis no parque de estacionamento. Às vezes não crescemos... É bom assim...

De cor

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O mundo está lá fora... não se pode viver pelo que que vê pelos risos que se ouve pelas lágrimas que não se sentem estando dentro o mundo é lá fora basta abrir a janela pular o muro ou sair do portão o mundo está ali pé ante pé pé diante de pé e encontramos mais um caminho segui-lo ou não no trilho ou a corta-mato será um outro rumo...

Um beijo só...

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... não basta para que te esqueça... A despedida terna que parece não anunciar uma despedida. Não seria o suficiente para nele conter todos os momentos... toda a vida que ficou... mas bastou-te para tudo o que ficou por dizer... tudo o que ficou por viver... Caminhando à chuva recordo... não o beijo dado, o beijo roubado, todos os beijos que não o foram... O caminho segue... tal como eu e tu... e o momento do beijo... foi tão somente um momento...

Paragem

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A morte não assusta. A vida, às vezes, é que mete medo. A morte é paragem. A vida não pára de correr. Ou nos leva ou nos guia ou nos arrasta. Ou vive-se. Vive-se... sempre que ela não nos pára, não nos leva, não nos guia e não nos arrasta. Vive-se quando se aproveita cada momento como único que é. Tal como a água que não passa duas vezes ali... Eu não sei se vou ficar bem assim, eu só sei o que vai ser melhor para mim... (Expensive Soul, Eu não sei)

Pausa na Lua

Ontem parei de conduzir para admirar a Lua e o brilho que reflectia no mar... E parei mesmo... parei para pensar para te escrever percebi que não te percebo não entendo o que trava tudo? tudo o que a mim me destrava não te posso dizer mais do que te digo sei o que sinto mas não o consigo dizer não insisto resisto desisto e fico sem saber o que te pára o que te impede de andar sinto-me enganada não foste tu quem me fez apaixonar foi outro que apareceu e despareceu na sombra dos dias enganos não me magoam mas este não posso perdoar adeus...

Talvez sempre...

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a cada despedida tua fico assim... sei que acabas por voltar e sempre te abraço aceito-te assim aceitas-me a mim a cada despedida choro sangue sempre me dói nunca te prende voltas recebo-te saber que regressas não me diminui a dor a que me corta por dentro a que me tolhe a que me deixa assim sabes que me prendes na teia desse sorriso aranha predador é obsessivo o que nos une é doentio saber que tremo ainda tremo esse olhar que me fere o que me apaixona cada despedida anuncia sempre um regresso... sempre... ...até um dia...

Inconstância

Procurei o amor, que me mentiu. Pedi à Vida mais do que ela dava; Eterna sonhadora edificava Meu castelo de luz que me caiu! Tanto clarão nas trevas refulgiu, E tanto beijo a boca me queimava! E era o sol que os longes deslumbrava Igual a tanto sol que me fugiu! Passei a vida a amar e a esquecer... Atrás do sol dum dia outro a aquecer As brumas dos atalhos por onde ando... E este amor que assim me vai fugindo É igual a outro amor que vai surgindo, Que há-de partir também... nem eu sei quando... Florbela Espanca

I think of someone else instead...

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Paul Telfer E quando numa preguiçosa tarde de Domingo a companhia preferida é um sofá quente, uma salamandra incendiada e uma produção fantasiosa, adormeço e sonho com um Hércules assim para mim... Ao acordar sei que não quero um herói, mas os sonhos são bons mesmo assim!

Second dance

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Silenciosamente desliza nos seus braços... entrega-se no rodopiar de uma valsa perdem-se emoções esquecem-se sentimentos não, não voltará a ser a mesma mas sabe que continuará a dançar sem ti

Passo...

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"Descalça vai para a fonte Lianor pela verdura; Vai fermosa, e não segura. " quem não caminha lucidamente não pensa seguramente caminha sem ver para onde vai pensa sem ser de onde vem eu só quero não pensar eu só quero parar de sentir

Máscara

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fica ao meu lado porque estás aí... quando não estás cobre-me a face e esconde-me do mundo... adormeço os sentidos para que a tua presença páre e pressinto-te... escondo-me mais uma vez e não volto a acordar outra que não eu sabe que te ama outra que não eu sabe sofrer e chorar outra que não eu não se vê e não te tem e é a máscara que sai à rua

Ainda a dor...

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quando ao acordar se sabe que o Sol não vai iluminar o cinzento que nem a Lua conseguiu apagar e a dor domina... sabe-se que aquilo ainda não é acordar... ainda há aquela impressão... que já não se sente como dor... então já nem é pesadelo... não se sofre sequer... não é o sofrimento que dói mas a ausência de sentir que faz doer

Por amor...

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... revivem-se dores profundas que corróiem alma sangram coração choram lágrimas mais salgadas e deixa-se o pensamento vagar ao abandono... não se tenta parar a dor, antes se abraça... não se estanca a ferida, bebe-se o sangue... até que seja tudo parte de ser...