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A mostrar mensagens de janeiro, 2006

Despojos da noite...

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(calendário Pirelli) Olhas-me sem me veres, ao longe, mesmo estando tão perto. Teimas em me guardar uma distância imperceptível... Olho-te, mais uma vez, antes de sair... Quero guardar a imagem, a última. A que já não teremos aquando do regresso.

Antes de adormecer...

E quando a noite deixa cair o manto da escuridão, sabe que traz por companhia a solidão. Há sempre aquela hora em que nos sentimos sós e o pensamento voa. A hora da liberdade. E é sempre quando nos sentimos mais livres e o sonho viaja. O sono teima em não aparecer para te dar mais tempo para sonhar e é sempre nos momentos de escuridão e solidão que percebes o sentido da luz. Não a que te guia, mas tão só aquela que te ilumina e te deixa escolher o caminho. E é na hora da escuridão e da solidão e da liberdade que o caminho se manifesta e a escolha acontece...

Daily life

E num dia, não como outro qualquer, um drama feminino que se revela. Hora de saída quase a mesma hora combinada para a chegada. Trocar de roupa é imperativo. Que vestir? - Não sei o que levar logo à noite. Não vou estar despachada a horas... - Tens uma hora. - É tempo suficiente se souber o que vou vestir... - Umas calças de ganga e um top, resolvem o assunto. - Claro! Calças de ganga são ponto assente, o top é que é o pior. - Um qualquer. - Oh! Tenho que experimentar, para ver como fica e se me sinto bem... - Mulheres... Sim, mulheres! Ou neste caso, mulher, sou complicada, perfeccionista, vaidosa... Não saio de casa de qualquer modo. Tenho que me sentir bem com o que estou a usar.

Momentos

...sem antes nem depois... aqui e agora cada momento é só e único viver o tempo que o tempo dá e o momento se faz porque volto ao tempo que me encerra e te guarda o reencontro que o tempo tem não tem o tempo que se quer tem talvez o tempo certo o tempo que a vida dá não são mais que momentos ...aqui e agora... ...sem antes nem depois...

Dreams...

A vida sorri quando o teu sonho decide invadir a tua realidade e ainda te avisa com antecedência.

A vida não é uma série*

Odeio a parte de mim que não te esquece, que não apaga a devastação que a tua passagem causou na minha vida, em mim... A parte que ficou marcada como a tatuagem. A mesma parte que treme com a tua presença é a parte que te guarda rancor. Não esquece e não me deixa esquecer. Escrevi linhas sem fim na altura, ainda escrevo, agora pela lembrança da dor. A mesma que em mim apagou a felicidade, ilusão pura dos momentos que vivi, sinceros, nunca para ti. Tu manténs o mesmo sorriso, eu a lembrança da dor... *nem sempre a Carrie fica com o Mr. Big

Dear diary:

I'm lost in translation. Sim, é o título de um filme e é também como me tenho andado a sentir... Sempre que o caminho se bifurca é a dúvida que me bloqueia e a fé que me faz seguir. E eu tenho a tendência nata para atrair bifurcações (e mesmo verdadeiras encruzilhadas) e para insistir na dúvida, o que sempre evita tomar um caminho errado. Eu sei o que está dormente em mim. Já percebi o que está a acordar. E sei muito bem o que me faz sonhar. Há coisas que não consigo dominar, a atracção incontrolável por alguém que não está... como tu... mas isso não pára a vida. Há sentimentos que aparecem sem saber muito bem de onde, mas que começam a fazer parte do dia-a-dia. O certo é que adoro a sensação de andar a flutuar. Adormecer a sorrir. I might be lost in translation but I'm happy! Talvez, hoje em dia, seja blasfémia admitir felicidade, apesar de alguns momentos baixos, os altos da minha vida permitem-me ser feliz. Há uns tempos ouvi, já nem sei bem onde, que para se ser feliz, bas

Fourth Dance

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She shouldn't have danced... But she did... Dançou mais uma vez... não o deveria ter feito... reacendeu o que queria apagar. Hello my dear! You can't resist me... You know that. Não, ela não queria saber. Não podia ser assim. Porque haveria ele de ter o controle sempre que dançavam. As pernas dela iriam sempre tremer. Não. Mas tremiam. O aroma ficava no ar... Ela perdia o domínio, onde os braços dele a cingiam. O sorriso da malícia que o olhar detinha... E as pernas tremiam, não a deixavam sair da armadilha que ela ateara. You'll never stop dancing with me. E, mais uma vez, onde estivera a multidão... o silêncio.

Fúrias...

O céu não conhece fúria como a do amor transformada em ódio… Que fazer então? Quando ele não esquece a fúria que o revolta ainda a fúria do amor que o quer de volta não quer outra fúria, não quer outro amor não quer amor não vai esquecer o que faz sofrer… em silêncio a verdade

Hoje, sonhadora

Hoje, já acordada, permiti-me sonhar. Encontrei um sítio que me apaixonou... Algures perto de onde moro encontrei terra virgem... o local ideal para ali erigir os meus sonhos. Pode parecer banal, até tolice, mas sempre sonhei com um local construído de raiz, à medida de um sonho. Não na lógica de "amor e uma cabana", talvez algo como amor por uma cabana. Um cantinho fora de mim, só meu. Hoje encontrei. Atirei para lá uma pedra, como nas inaugurações pomposas, desejei secretamente que aquela primeira, atirada ao acaso, sem pontaria certeira, marcasse aquele lugar como meu. Desejo que outras se sigam alinhadas e cimentadas. Hoje sonhei, aquele lugar meu.