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Demon within

Fugi. Tranquei-o em mim. Mas não o consigo calar. Continuo a ouvi-lo em cada tropeção, em cada dúvida, mesmo em cada vitória. Por mais que o negue continua a convidar-me para dançar. - Come on, you know you want it. Nem respondo. Para que não ouça a minha voz. Quero-o longe dos meus pensamentos. Quero paz. Quero dizer não e mantê-lo longe de mim.

Dark place

Sempre tive um lugar muito negro em mim. Nunca o neguei e nunca o iluminei. Aceitei que faz parte de mim ainda na adolescência e assim cresci. Há uns anos achei que o ia iluminar à força. Que valia a pena. Os anos passam e percebo como fui tola! Então lá mudo algo que sempre fez parte de mim. Não mais do que se mudam as fases da Lua. Em mim a Lua Nova não é cíclica nem sequer recorrente, mas está ali. É a minha outra à espreita dos momentos de fraqueza minha. Sai de espada em punho pronta a lutar sem olhar aos mortos e feridos que deixa pelo caminho. Defende-me cegamente. E ocupa-me por completo até achar que já não preciso. Aí deixa-me em luz. Mas despojada de tudo o que tinha e pronta a começar de novo. Sinto-a perto, a respirar em mim. Pronta. Mas desta vez eu não estou. Parte de mim não a quer de volta. Parte de mim não quer começar de novo. Parte de mim é feliz. ...

Ao Deus dará...

Este blog tem andado ao abandono... Aos caídos. Não sinto a vontade. Aquela ânsia que me consumia e só passava com um teclado e ecrã ou papel e caneta. Nada combina melhor do que papel e caneta. Pelo menos, não quando quero escrever sobre a imensidão de devaneios que me passam pela cabeça. Mas quando o trivial se abate, aí não preciso de rascunho e o mini teclado do smartphone resolve. Já pensei acabar com este cantinho tantas vezes quantas não o fiz. O mal foi ter-lhe dado nome e feito deste espaço o meu espaço. Assim, tornei impossível matá-lo. E sinto-me compelida a voltar. E volto. E escrevo sobre a não culpa de não escrever. Não sou escritora. Não tenho a obrigação diária de produzir prosa nem poesia.

Bipolaridade estacional

ou Gosto de dias de Sol ! Venha o frio se isso afastar a chuva. Não é que não gosto de chuva, até gosto, se não tiver de sair. Já para não mencionar que detesto conduzir em dias de chuva.  Já quando o Sol aparece, sabe tão bem. O dia corre melhor. Não me importo de me atafulhar de camisolas e ainda sim sentir o frio entranhar até aos ossos. Cansei-me de escrever... ou ter-me-ei cansado de pensar? É tão mais fácil levar a vida do que vivê-la. Se não pensar levo-a. Se penso vivo. Canso-me bem menos na primeira opção. Mas só o consigo fazer durante um certo tempo. Depois, teimosamente, todas as vozes que tento afogar, lutam e surgem à tona e não me deixam acomodar. Não me deixam sentir completa. E a incessante busca por algo melhor começa.  Estou assim. Tenho afastado o computador de mim. Se não consigo evitar escrever, forço-me a frivolidades para não pensar.  Mas depois basta demorar uns minutos frente ao meu reflexo e não posso fugir de mim. Há sempre uma voz que...

One single heartbeat

E tudo muda... Basta um bater diferente, um ritmo mais acelerado e toda a vida faz sentido. Será sempre assim, entre o acelerar e o comprimir do meu coração que eu hei-de viver. Gosto de pensar e decidir, mas sempre ter em conta o que sinto, sentir que o meu coração acompanha cada decisão mais importante. Tenho que manter uma escolha que já não se me justifica. No entanto, a vida justifica-a racionalmente e a nova vida justifica-a emocionalmente. Por isso. apaziguo o coração quando ele se comprime e penso que tenho ainda tempo para mudar.

And here I go again!

Recomeçar... Não. Apenas continuar. A vida é um caminho contínuo e nunca estamos duas vezes na mesma situação. Mesmo quando voltamos a passar no mesmo caminho, nós já estamos diferentes. Porque a vida é mesmo assim. Vamos vivendo, vamos aprendendo, vamos mudando. Eu mudei mais um bocadinho, vivi mais um bocadinho, mudei e vou mudando, mas continuo sempre a mesma. Por isso, estou apenas a continuar algo que nunca abandono. Algo que nunca esqueço.

Open air / Cast aside

De um mundo de coisas sobre as quais achei que iria escrever dou por mim a pensar em tudo o resto... Mais uma vez renego o que achei querer e custa-me. Custa-me fazer o mesmo percurso de renúncia, de entrega. Algo pelo qual me esforcei. E agora, sinto novamente que foi em vão... Ao final do dia, a rádio foi portadora de uma boa notícia. No Verão, volto à Bela Vista. Porque é que me hei-de sempre prender aos pormenores? Às pequenas coisas que não são ditas, que não são escritas, que não são feitas? Não consigo ter a perspectiva simples da vida. Não me consigo cingir ao preto e branco. Não consigo. Não sei. Gostava de saber. Gostava, porque sei que tudo seria mais simples. Tudo aquilo que eu complico. Gostava de não ver tantos tons de cinzento. Gostava de ser mais simples, ter pensamento binário talvez. Ou talvez não. Certo e seguro é que gostava de não ficar tão triste com pormenores que serão sempre insignificantes, mas que me fazem diferença. Talvez por comparação. Talvez por me sent...

The dark (in)side

Resisti. Evitei escrever. Escondi-me. Escondi papel e caneta. Fugi do ecrã em branco. Fugi de mim. Recusei a escuridão que se aproximava de mansinho. Neguei a solidão que parte de mim sente. Mas numa sala cheia de gente e ruído, assumo a minha verdade. Sinto-me só. Em momentos. Em sentimentos. Sinto a escuridão em mim. Envolve-me no seu manto de silêncio. Abraça-me e embala-me nos momentos de medo. Descobri que parte de mim tem medo. Receio do futuro. Receio de não estar à altura. Recolho-me em mim. Refugio-me. Enrolo-me no meu silêncio. Em mim. Sempre fui só. Sempre dependi de mim. Já houve uma altura em que assim não foi e sofri. Sofri por errar. Errei. Assumi e segui. Não quero continuar assim. Não quero este lado que me isola do mundo. Que me isola de mim. Não quero mais este silêncio. Custa-me não calar o que sinto. Custa-me assumir fraquezas, receios, anseios. Dói-me ver a sombra. Calo. Silencio. Sigo o caminho. Há-de sempre ser o que for.

De luz e de sombra

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Imagem aqui Por entre a escuridão e luz é que se faz o caminho. Há caminhos que se fazem porque sim. Enquanto se aguarda um novo rumo. Enquanto se espera. Esperar... Conceito que não gosto. Exige uma paciência que não tenho. Tenho vontade de recomeçar. Tenho vontade de começar. Tenho vontade de mudar. Quero um novo caminho. Quero outro rumo. Sempre ouvi dizer que quem está mal muda-se. Mas não é um estar mal. Será antes um mal-estar. Uma vontade de partir. Uma vontade de voar. Uma constante insatisfação que me persegue. Uma constante ânsia de querer mais que me consome, que me impede de me contentar, que me veda o acomodar. Não consigo. Tento convencer-me de que estou bem, que não poderia estar melhor. Nunca fui boa a contrariar-me. Não adianta. Posso enganar o mundo. Não me engano. Nunca o fiz. Por certo não vou começar agora. Posso tentar respirar fundo. Breathe in. Breathe out. Posso tentar esperar. Posso. Mas sei que mais tarde ou mais cedo volto a virar a mesa. Não sei contrari...

Just walking...

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Imagem daqui Caminho pelas ruas que conheço desde que nasci... caminho a passo. A passo de quem segue automaticamente enquanto o pensamento divaga. Páro a olhar o castelo. O que desde criança sonho meu. Imagino como seria a vida solitária dentro de muralhas. Percebo como a vida pode ser solitária, basta querermos, basta deixarmos. Basta abandonarmos-nos a nós e fechar o mundo lá.

Tempo...

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Imagem: daqui Tenho dias que queria que o tempo parasse... outros que voasse. Tempo para mim. Ou apenas tempo. Calar os ecos que me ficam na memória. Apagar os receios. Tempo, apenas tempo. Para parar. Para recomeçar. Para seguir. Mas o tempo é imperdoável. Não pára. Passa. Tem dias que me trespassa. Olho-me ao espelho e procuro as marcas. As que me fiz. As que me fizeram. Não se vêem. Mas eu vejo cada uma. Olho e vejo cada mudança que o passar do tempo causou. Reconheço a origem de cada receio. Vejo a marca de cada decisão difícil. De cada escolha arrancada a ferros de mim. Tempo. Dá-me tempo...

Outra perspectiva do céu...

O ciúme é queimadura que faz o coração doer... É a pontada no estômago que retorce o sorriso, a sensação estranha que me percorre como descarga eléctrica sempre que vejo o teu toque noutro corpo que não o meu, mesmo que meramente ao de leve com laivos de automatismo...

Há tanto tempo...

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Imagem daqui mais uma noite em que parece que a tua luz não me quer deixar dormir... a tua luz... fragmentos de memória hoje atiçados... memórias que ninguém deveria ter... nem tudo precisamos viver... há jogos que não precisamos perder... passou tempo demais para que me lembre... não passou tempo suficiente para me apagar o receio de voltar a sofrer assim... não foram sequer as promessas, mas a crueldade que mais afundaram a cicatriz que me ficou, a que me aviva a memória sempre que ouço algo similar... a memória da dor não dói mas o tempo não a apaga... mas não é por isso que se deixa de viver... o receio que hoje senti não passou de uma gota num mar de certezas.

A noite mais fria do ano

ou não. Mas com o frio lembrei-me de gelo. Lembrei-me de fissuras, quebras e colagens. Pensei numa jarra de vidro. Se cair... pode estilhaçar, quebrar partes ou só rachar. Mas o certo é que a jarra não volta a ser a mesma. Por mais habilidade de artesão que possa haver. Fica sempre a marca, fica sempre a cola. A jarra pode voltar a ter o mesmo uso, mas não terá a mesma integridade, a mesma unicidade. Prefiro que a jarra não seja de vidro e que não tenha que me obrigar a estar "cheia de dedos" com medo que quebre. Prefiro algo mais resistente, mais natural. Não gosto que as coisas se quebrem. Não voltam a ser as mesmas. Definitivamente, prefiro o que me permite reagir por instinto, ser natural, ser eu.

Sempre

Vivo e perco-me e corro e escolho e penso e não penso e falho e caio e levanto-me. Ou não caio e sigo e arrisco e ganho. Ou não ganho e volto a tentar e a lutar até chegar... E chego ou não chego mas não paro... Não paro de pensar, de escolher, de sentir, de viver, de lutar... E sigo... sempre seguindo em direcção à luz, à escuridão... mas sempre caminhando e escolhendo, bem, mal... Que importa o real momento de escolha se não no momento de aceitar ou não aceitar e mudar ou não a escolha que se fez? Mudar o que se pensou sobre a escolha, naquele momento de decisão em que parecia a verdade do sentir e não é... ou é e deixa de importar quando se sente o tempo a passar... E passa como o vento forte que tudo muda com o seu passar... e assim é a verdade ou a mentira daquela escolha que se faz ou não faz e nos muda ou não muda, mas em nós fica a pensar e a sentir... Sentindo sempre aquela hora de escolha, de decisão que poderia ter sido mudança e não foi ou foi e se sente e não se esquece......

Another perfect day...

I'm glad I spent it with you. Há dias assim... Começam bem, correm sobre rodas e mesmo a pequena nuvem que me apareceu acabou por se dissipar no teu abraço. Há coisas que não posso resolver.

Like a puppet on a string

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Imagem daqui Porque poderia ser uma marioneta na ponta dos teus dedos, se não te tivesse já entregue os cordéis do meu coração.

Um toque de divino

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Céu e paz. Por entre as nuvens entrevêem -se os raios de sol que querem brilhar e iluminar o cinzento. Rasgam o céu em jeito, como quem diz que a bruma é tão necessária como a luz. Só sabendo a diferença se pode dar valor ao que se tem. Eu sei e dou.

Never forget

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Imagem: Google Porque por vezes também é importante parar para recordar o caminho que se fez... Gosto de me lembrar do caminho que percorri. O caminho que me trouxe aqui. O caminho que me trouxe a ti.

Breaking the chain

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E está tudo dito.