Sempre
Vivo e perco-me e corro e escolho e penso e não penso e falho e caio e levanto-me. Ou não caio e sigo e arrisco e ganho. Ou não ganho e volto a tentar e a lutar até chegar... E chego ou não chego mas não paro... Não paro de pensar, de escolher, de sentir, de viver, de lutar... E sigo... sempre seguindo em direcção à luz, à escuridão... mas sempre caminhando e escolhendo, bem, mal... Que importa o real momento de escolha se não no momento de aceitar ou não aceitar e mudar ou não a escolha que se fez? Mudar o que se pensou sobre a escolha, naquele momento de decisão em que parecia a verdade do sentir e não é... ou é e deixa de importar quando se sente o tempo a passar... E passa como o vento forte que tudo muda com o seu passar... e assim é a verdade ou a mentira daquela escolha que se faz ou não faz e nos muda ou não muda, mas em nós fica a pensar e a sentir... Sentindo sempre aquela hora de escolha, de decisão que poderia ter sido mudança e não foi ou foi e se sente e não se esquece... Nunca se esquece o pensar, o sentir, o viver... e segue connosco o caminho da vida, na luz, na escuridão, na penumbra, na alvorada ou na madrugada. Sempre com ou sem luz, dia ou noite, vive, fica, sente, pensa, escolhe, segue... Continua a seguir. Sempre sem verdadeiramente parar... não se pára, hesita-se e pensa-se e escolhe-se e vive-se e assim é. Não se morre nunca enquanto a vida corre e nós corremos ao lado dela e não deixamos que nos ultrapasse ou atropele e seguimos. Sempre seguindo. Sempre pensando. Sempre escolhendo. Sempre sentindo. Sempre vivendo.
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