Um ser humano, por definição, é dotado de livre-arbítrio. Pode escolher entre o bem e o mal. Se só puder realizar o bem ou só o mal, então é um objecto mecânico – tem a aparência de um organismo adorável com cor mas de facto é um brinquedo mecânico, controlado por Deus ou pelo Diabo. É inumano ser totalmente bom ou ser totalmente mau. O importante é a escolha moral. O Mal tem de coexistir com o Bem, de modo a que a escolha moral possa operar. A vida é sustentada pela oposição. É possível que o mal seja mais atraente – diz-se que devastar é mais fácil do que criar. Mas o que aconteceria se as pessoas fossem forçadas a ser boas? O dom humano básico do livre arbítrio não deve ser negado. O mal, ou o mero errado, produtos da livre vontade devem ser punidos para que se viva em sociedade, mas a faculdade em si não pode ser afastada. O homem foi unido por Deus, embora tenha levado algum tempo. O que Deus uniu, embora seja uma “unidade profana” do cérebro humano, o homem não separe. A bondade ...