Silêncio em mim

Saio para a rua longe de mim. O Sol mais não faz do que projectar a sombra da sombra que hoje sou. O ruído da vida que não pára hoje ensurdece-me. Tento o refúgio longe da turbulência. Tento cortar o trânsito em mim. Mas o silêncio não vem. Dos gritos ainda ouço o eco. Pergunto-me se terá fim. Saí para a rua longe. O calor que não se faz sentir não está em mim. O correr desta vida nem sequer abranda. Saí para longe de mim. Mas não me fujo. Encontro-me a tentar fugir-me, a fugir do eco dos gritos em mim. Encontro-me mesmo quando tento sair para longe de mim. Cala-se o eco.

Comentários

Nilson Barcelli disse…
Os tempos são de crise. Mas uma crise interior só vai piorar mais essa crise... temos que unir os nossos eus no essencial, sempre que necessário, muito embora devamos deixar os eus não essenciais em liberdade. Já nem sei qual é o meu eu que fala, mas o certo é que todos eles gostaram do teu texto. Magnífico. Beijo.
Secreta disse…
Silêncio ... o silêncio...
Beijito.
É impossível fugirmos de nós próprios. Essa é que é essa.
Beijinhos
journalismnews disse…
por mais que tentamos não conseguimos separar o corpo da alma, nem a alma do corpo, pois os dois tem uma historia em comum, uma vida...
mfc disse…
Não vale a pena fugirmos de nós próprios.
Nilson Barcelli disse…
Mais ecos, please...
O silêncio, prolongado, deixa de ser agradável...
Beijo.
Sophia disse…
Grazie Nilson!
Estou de volta.

Há sempre silêncio Secreta...

Tentei mais uma vez Alien!

Não tento separar performance apenas me esforço para que co-existam em paz.

Adiantava se fosse bem sucedida mfc.

Baci per tutti

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