Back home

Sempre que regresso sinto alguma necessidade de mudar.
Desta vez foi um bocadinho maior, mas fiquei mais confortável.
Sinto que o tempo passa a correr. Há momentos que passam assim e preferia que passassem mais devagar. Não os aproveito devidamente e depois fico com aquele sabor a pouco...
Horas que passam a dias, que nem dou conta de passarem. Já lá vai um tempo, desde que parei. Parei realmente para pensar.
Há momentos em que apenas aproveito, os sorrisos, os olhares.
O tempo não pára...
Lembro-me de como comecei esta aventura... a vontade de passar para o lado de fora, o que estava aqui dentro. Já percorremos um longo caminho.
O Egos já teve mais atenção, mais cuidado. Visitava-o todos os dias, várias vezes ao dia. Por razões de tráfego num escritório tive que o realojar... Mas voltei, porque deixou de ser necessário e aqui será sempre a casa primeira.
Depois as visitas foram diminuindo. Posso ser culpar a falta de tempo, outros objectivos, mas o facto é que fui deixando de escrever, não só aqui... fui deixando de escrever...
Quando leio muito do que escrevi, volto aos momentos que me despoletaram a necessidade, o impulso! E foi isso que fui perdendo - o impulso.
Passei a racionalizar mais os meus sentimentos, a controlar as emoções e assim se foi aos poucos a vontade de escrever.
Também a dor e a vontade de não voltar a senti-la ajudaram a abrandar.
No entanto, a vida continuou e não voltei a escrever. Não voltei.
Hoje, a ansiedade dominou e precisei parar. Assim que parei, percebi que precisava voltar. Voltei.


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