Mas ando com falta de tempo para mim! Não pode continuar assim. Amanhã pausa. Depois regresso, com cabeça e pés bem assentes para os novos passos que precisam ser firmes!
Há dias mais difíceis do que outros. Nunca me vou esquecer de ti. Este ano escolhi não falar. Sofri em silêncio a tua ausência. Sorri ao olhar para outros olhos que me sorriam e calei a dor. A vida continua. O amor continua. Mas em mim ficou a memória da tua vida comigo. Lembro-me a cada sorriso, a cada conquista que já não podem ser teus. Mas nestes dias dói demais. Procuro forças onde não tenho e elas aparecem. Acredito que nada há a perdoar, mas sigo pela vida em busca do teu perdão. No fim hei-de encontrá-lo. Até lá amo-te todos os dias e sofro sempre com a tua lembrança. Ameniza a minha dor e apazigua a minha consciência saber que não faria sentido ser de outra forma. Será sempre como foi. Acredito.
Quebra algo em mim cada vez que tenho que fazer alguma coisa contra a minha vontade. Bem sei que a criança que fui já não sou. Já não posso ser. Castigos e decomposturas já não são a consequência. Respirar fundo e fazer o que é suposto nunca foi coisa para condizer comigo e quando tem que ser, custa muito. Fico dias a remoer. Dias a convencer-me que não pode ser de outra forma. Umas vezes apazigua, outras rebenta...
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