Carta aberta:

Apetece-me escrever mesmo sem ter nada para dizer
nem sei por onde começar, mas tenho tanto para contar...
Pensei escrever-te uma carta
não tenho como a enviar
não sei o que escrever...
Pensei dizer-te que estou a amar
mas não é possível
não posso estar
podia contar-te o que me fez apaixonar
mas é tão improvável
não posso acreditar.
Depois pensei em tudo aquilo que se promete e que roubaria céu, estrelas, lua e luar, para o teu caminho até mim iluminar e em tudo aquilo que se acredita que se cumpre...
E quis parar de escrever
faltou-me a coragem para me confessar
mas não consegui a mão conter, ela não queria parar de escrever.
Era o coração que a impelia para tudo contar
sem nada faltar
sem nada omitir
sem me deixar mentir
sim... queria mentir
dizer não
tolo coração
isso não é emoção.
Para sempre, não, para sempre é formal demais e para sempre é sempre tempo demais
Sinceramente, não, sinceramente não, queria mentir-te
Cordialmente, não, também não, é seco demais.
Queria encontrar uma expressão para escrever mesmo antes do meu nome para que te ficasse na memória... Não consigo. Também não importa. Não consigo que esta carta te leve nenhum aroma, nem o meu olhar.
Ficarei feliz se esta carta te fizer sorrir, sonhar e de mim lembrar.

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