Carta de um arrependimento que não o é

Será que algum dia te vou poder dizer o quanto me fazes sorrir?

Sei que fui eu a dizer-te adeus.
Só eu sei o quanto me custou.
Optei sozinha. Decidi e disse adeus.
Mal me expliquei... pouco havia a dizer.
Apenas sentia que não podia. Não tinha sentido acontecer.

Chorei, mas não sentiste o sal das minhas lágrimas.

Há duas distâncias entre nós.
Uma é fácil de percorrer.
A outra... é a mesma que na altura me ajudou a decidir.

Quando penso no que fiz, penso em como poderia ter sido diferente...
Mas isso de nada adianta. Não o saberei. Sei que não mudo o passado. E mesmo que o pudesse mudar, conheço-me o suficiente para saber que voltava a fazer o que fiz.
Não saberia agir de outro modo.

Por isso, não me arrependo. Mas aprendo.
Há coisas que não devem ser decididas assim.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Chuva acabada de cair...

Diário do Egos - 1.ª série - N.º 1 - 4 de Fevereiro de 2010