Mirror, mirror...



Tenta que o reflexo apareça... olha em vão. O vazio que a imagem lhe devolve é doloroso... Sabe que não é só uma imagem, ali há vazio. No vazio que ficou, gerou-se dor... gerou esperança. Mas, ali, ainda há o vazio.
Não quer já ver o reflexo, mas a imagem que é.
Deixou-se esvaziar sem saber, não chegou a perceber como tudo se passou. Ficou... Só sabe que ficou, ali, no vazio. Sem o seu reflexo. Sequer a sua imagem.
Tenta falar com o espelho, para que lhe devolva o que perdeu. O que alguém consumiu. Ainda há luz. O espelho brilha com o brilho de outrora. Sabe que o vazio não fica para sempre. O reflexo regressará com o regresso da imagem, num momento, numa outra aurora.

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