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A mostrar mensagens de 2014

Sweet November

Espero que Novembro traga novos caminhos. Quero encontrar o que antevejo no horizonte. Já não consigo partir às cegas, mas quero seguir em frente. Cabeça erguida e mangas arregaçadas, assim estou eu para o futuro. A chafarica já teve melhores dias e a promoção continua a ser agridoce. Cada dia está mais complicado. Não gosto de me contrariar. Não a esta extensão. Por isso, vamos lá!

Negro

Aqueles dias em que só me apetece esconder numa caverna o mais longe possível do mundo.

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Envolta em negro xaile peço ao silêncio que não me abandone.

Memória de uma lição

Nada cai do céu (via de regra). E não faz mal. Gosto de me esforçar. Gostei do meu primeiro trabalho de Verão. Tinha 13 anos e foi num arquivo. A tarefa era empacotar os livros e identificar as caixas para a mudança para a Torre do Tombo. Foram 3 semanas árduas. Conheci gente nova. Diverti-me mais do que devia a ler aqueles livros. Ganhei uns trocados que me pareceram uma fortuna. Comprei umas calças de marca e pouco mais. Valeu a pena. Os meus pais nunca teriam possibilidade de as comprar. Apesar de achar um desperdício de dinheiro, a minha mãe não se opôs a que gastasse quase tudo quanto tinha ganho. Quando saímos da loja, perguntou-me se estava feliz. E eu respondi que sim. - Ainda bem. Agora imagina que eu e o pai fazíamos o mesmo... Se gastassemos o ordenado assim todo de uma vez como é que vivíamos durante o mês? Comida, roupa e despesas... Não respondi. Quis entrar na loja para devolver as c...

Animus publicandi

Tempo, ou a falta dele, está longe de ser desculpa. Mas a vontade foi faltando aqui e ali. Dispersei-me. Hoje a vontade voltou de mansinho. Há demasiados sorrisos à minha volta para que os ignore! São os sentimentos, não os pensamentos, que mais me fazem escrever. Estou bem, feliz, em certa medida em paz. Mas não totalmente. Ainda não é altura de "descansar em paz"! Anseio ainda por um novo rumo... Deverei dizer um novo afluente... Acho que será mais isso. A minha vida é um rio e está no leito certo para chegar até ao mar. Mas ainda faltam certas coisas, que terei de buscar afluente acima pois dificilmente surgirão na corrente. E é assim que faz sentido! Que me faz sentido. Deixei de ter insónias, de escrever noite adentro. O diário está em branco, largas páginas em que muito ficou por escrever. O Egos também ficou em silêncio. Hoje deu-me a vontade e regressei. De vez? Talvez...

Ao Deus dará...

Este blog tem andado ao abandono... Aos caídos. Não sinto a vontade. Aquela ânsia que me consumia e só passava com um teclado e ecrã ou papel e caneta. Nada combina melhor do que papel e caneta. Pelo menos, não quando quero escrever sobre a imensidão de devaneios que me passam pela cabeça. Mas quando o trivial se abate, aí não preciso de rascunho e o mini teclado do smartphone resolve. Já pensei acabar com este cantinho tantas vezes quantas não o fiz. O mal foi ter-lhe dado nome e feito deste espaço o meu espaço. Assim, tornei impossível matá-lo. E sinto-me compelida a voltar. E volto. E escrevo sobre a não culpa de não escrever. Não sou escritora. Não tenho a obrigação diária de produzir prosa nem poesia.

Noite

Mais um dia que acaba. Sinto o cansaço apoderar-se de mim enquanto teclo no mini ecrã. Sei que ando a correr no meu limite, mas não consigo abrandar.

Early morning

Sem sono. Ou já sem vontade de dormir. Contemplo as paredes do quarto, o dia que ainda não despontou em plenitude e quem dorme ao meu lado. Dorme sereno, praticamente imóvel. Respiração tranquila. Pergunto-me o que sonhará a cada movimento ocular. Mas não importa. Não verdadeiramente. O mundo dos sonhos pertence a cada um. Ainda é demasiado cedo. Preciso voltar a adormecer. Talvez a cadência da respiração profunda que oiço possa ritmar a minha e eu volte a dormir. A vida consegue ser tão simples, quando deixamos. Sorrio e volto a adormecer.

Mar

Sempre fui de impulsos. Geria a minha vida no turbilhão. O desassossego sempre me apaixonou. Pensava não ter sido talhada para mar de calmaria. No entanto, a vida foi-me moldando. No rodar do tempo, quem eu cria ser um desassossego que mais uma vez me iria impulsionar a virar a vida de pernas ao ar, tornou-se o meu sossego. Virei a vida, sim. Mas valeu a pena. Vale a pena.

Back home

Sempre que regresso sinto alguma necessidade de mudar. Desta vez foi um bocadinho maior, mas fiquei mais confortável. Sinto que o tempo passa a correr. Há momentos que passam assim e preferia que passassem mais devagar. Não os aproveito devidamente e depois fico com aquele sabor a pouco... Horas que passam a dias, que nem dou conta de passarem. Já lá vai um tempo, desde que parei. Parei realmente para pensar. Há momentos em que apenas aproveito, os sorrisos, os olhares. O tempo não pára... Lembro-me de como comecei esta aventura... a vontade de passar para o lado de fora, o que estava aqui dentro. Já percorremos um longo caminho. O Egos já teve mais atenção, mais cuidado. Visitava-o todos os dias, várias vezes ao dia. Por razões de tráfego num escritório tive que o realojar ... Mas voltei, porque deixou de ser necessário e aqui será sempre a casa primeira. Depois as visitas foram diminuindo. Posso ser culpar a falta de tempo, outros objectivos, mas o facto é que fui deixando de...

Só?

Demasiado tempo. Não sei como acontece, mas perco-me em pensamentos que não vêem a luz do papel nem do ecrã. Por vezes, sinto tanta falta de escrever com regularidade, de escrever com vontade. Sinto falta do meu processo de estar só. Já nem sei o que isso é... Não sei como o recuperar, mas quero. Quero voltar a encontrar o meu eu "só". Aquele que me fazia sonhar o impossível, que me fazia ser criança. É difícil! No entanto, não é impossível. ..