Porquê?

Porque é que para tudo se exige uma explicação?
Há a chamada "idade dos porquês" na infância, mas é suposto crescermos e deixar a "idade dos porquês". Não. Porquê?
Sei que para quase todas as afirmações pode haver um porquê.
Se se busca um sentido mais além do que aquele que se vê ou um passado que foi negado.
Definitivamente, não gosto nem de "porque" nem de "porquê".
Quando gosto, gosto e digo-o quando posso.
Quando não gosto, não gosto e também não o escondo.
Não me peçam "porquê".
Às vezes nem eu sei. Quando sei, às vezes, não o digo.
Porque não quero dizer.
Porque me dói.
Porque sofro.
Ou só porque sim.
Porquê? Porque?
Para quê? Pergunto eu.
É bem melhor saber "para quê" dizer o que se sente do que dizer o "porquê" daquilo que se sente, que se disse, que se viveu.
Deixem-me sem "porquê", dêem-me "para quê".
Amo para que seja feliz ou para que seja amada.
Choro para que a dor passe ou para que as lágrimas mostrem a felicidade.
Escrevo para que me leiam ou para que os meus sentimentos sejam livres.
Não me peçam "porquês".

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