A escrivaninha
Sentou-se na escrivaninha que a avó lhe deixara. O seu último pensamento, melhor, as suas últimas palavras foram para ela.
"Voa para onde o vento te levar. Não te prendas por restrições ou convicções que não são tuas, faz as malas do teu coração e parte. Vai. Não olhes para trás. Deixa tudo. Uma vez é quanto basta para o abandono total, para a liberdade total. Parte.
Não fiques aqui, onde tudo te prende, onde te retrais. Vai. Não páres. Não te deixes ficar onde não sorris, apenas esboças o gesto que antevê esse sorriso que hás-de mostrar quando estiveres lá.
Não fales. Cala as despedidas e sai. Vai pela porta de mansinho, para que ninguém te tente impedir. Sabes que ficas se alguém pedir. Não queiras.
Desinquieta o coração que não aguenta as correntes e vai. O sentimento há-de calar. Só não páres de voar..."
Agora que a sua vida estava um caos, aquela mulher, o seu pilar, desfalecera. E agora? Como beber água de uma fonte que seca? Precisava ressuscitar a avó.
Decidiu que iria escrever num outro dia.
Comentários
Bateu-me cá dentro de tal modo, que se me torna dificil comentar......
Beijos e boa semana
baci.
Bjos :)
Bejos
Um beijo :o)
Moriana só nós podemos ter a força que mantém as nossas pernas! Quanto mais cedo percebemos isso, melhor! ;)
Saí de mansinho, regressei da mesma forma Diogo. :)
Dhyana tudo o que queremos guardar no coração, fica para sempre.
Lol Alphynho! E não é que acertaste. É uma neta que há-de ir aparecendo... ;)
Baci per tutti!