Confissões a um tempo passado...
Queria dizer-te tantas coisas... Mas nem sei por onde começar...
Para onde foram todas aquelas promessas feitas na noite dos mil sóis?
Onde ficámos nós, perdidos os dois, incapazes de seguir o nosso rumo optámos por seguir caminhos opostos... que temo jamais se voltem a cruzar.
Porque é que teve de ser assim?
Porque deixámos o castelo ruir, desfazer-se e perder o reinado?
Tu, que eu julguei seres o meu príncipe, foste-o sem o saberes ser, deitando tudo a perder, tudo aquilo que te ofereci, não te bastou... ou sobrou... Disseste ser demais, para mim não chegou...
Tu completaste-me de uma forma que eu não julguei ser possível e novamente aqui e agora sei que estou sem ti... e tu sem o meu amor?
Não tenho certezas, nunca tive. Não te julgo. Não me julgues. Não cometemos qualquer erro, amámo-nos sem tempo, sem confusão, como um vulcão que surgiu de sucessivos tremores e agora por fim parece querer descansar... a lava cessou, o calor terminou?
E será que não resta mais do que cinzas e o negro da noite para nós?
Que te hei-de eu dizer?
Agora que o nosso filme parece acabar, não sei se quero partir, se consigo deixar-te...
Queria poder ainda dizer-te "Amo-te", mas já não... Não é verdade...
Tu, que um mundo novo me mostraste, novas sensações, noites cheias de paixão...
O meu olhar no teu já nada consegue ver...
Porque parece que tudo se apagou?
Os nossos olhares não mudaram, talvez apenas se cansaram...
Quis-te tanto que ainda agora tremo de só de pensar em como tremi quando te olhei de madrugada e eu fui tua e tu foste meu...
Será que ainda te quero?
Será que o que vou fazer é certo?
O tempo nunca me abandonou... vou deixá-lo agora correr e decidir o que me vai acontecer... entrego-me ao seu sabor... Seja o que for!
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